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segunda-feira, 31 de março de 2014

Alfred Hitchcock


Alfred Joseph Hitchcock (1899 - 1980).
O "mestre do Suspense" é um dos cineastas mais famosos de todos os tempos.
Consagrado com filmes como Vertigo, Festim Diabólico, Os Pássaros e Psicose.
Frequentemente, Hitchcock aparecia em seus filmes. Normalmente no início da história para não desviar a atenção do público. Sua silhueta tornou-se a marca do diretor.
Durante a confecção desta peça, percebi que não seria necessário pintar a sombra do Alfred na parede, dada a semelhança que era reproduzida quando a peça era exposta à uma luz dura no muro. Achei por bem deixar por conta do próprio Alfred sagrar sua marca indelével e assim valorizando a forma do corpo.




"Eu nunca disse que atores são gado; eu disse que todos os atores deveriam ser tratados como se fossem gado"
(inesquecível frase de Alfred Hitchcock)

domingo, 30 de março de 2014

Rê Bordosa na banheira 1

Rê Bordosa criada por Angeli

sábado, 29 de março de 2014

Simone de Beauvoir



Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir (Paris 1908-1986) foi uma filosofa e feminista.  
Sua linha de filosofia era o existencialismo, inclusive tendo uma relação amorosa aberta com Jean-Paul Sartre além de outros homens e mulheres, o que chocaria a sociedade por sua postura libertária. 
Aliás, naquela época de casamentos arranjados, a maioria das moças de sua classe social seguiam obedientes os ditames de uma educação católica-careta que tinha por objetivo formar "esposas obedientes" e dóceis. Beauvoir negou-se a casar-se, ser dona-de-casa e a ter filhos. Aos 20 anos de idade, Simone passou a frequentar as rodas de intelectuais masculinos, rivalizando com todos eles (inclusive Sartre) em idéias e visão de um novo mundo mais livre. A jovem Beauvoir já começava a se indignar com a criminalização do aborto, as normas e cerimônias que distinguiam a elite e, também, a frivolidade dos amores burgueses. Foi da necessidade de transpor tais sentimentos em palavras que gerou a escritora.    Com palavras de ordem às mulheres, escreveu O Segundo Sexo, 1949 um famoso ensaio onde ela dizia pérolas como: "Nós não nos deixaremos intimidar com ataques violentos dirigidos à mulher nem deixar-se levar pelos elogios interesseiros que são destinados à 'verdadeira mulher'..."                          
Sua trajetória de emancipação completa é registrada em seu livro Memórias de Uma Moça Bem Comportada, 1958. Esta obra não só foi um relato pessoal , acabou virando um verdadeiro manual para milhares de mulheres espalhadas pelo mundo que se espelharam em Simone de Beauvoir para libertarem-se dos padrões moralistas, machistas o opressores que predominavam massivamente naquela época tornando-as conformistas. 
Simone de Beauvoir foi a mais profunda defensora da emancipação feminina do século 20 e, talvez, de todos os tempos.
"Não são as pessoas que são responsáveis pelo falhanço do casamento, é a própria instituição que é pervertida desde o início."

sexta-feira, 28 de março de 2014

Coco Chanel

Gabrielle Bonheur Chanel (França 1883 - 1971) foi uma estilista francesa que revolucionou o comportamento feminino na década de 20. Sua loja de costura, a Chanel tornou-se um grande sucesso começando com chapéis até perfumes de sucesso como o Chanel 5.
Coco livrou as mulheres daquelas vestes desconfortáveis do final do século 19 com um novo conceito "funcional" de roupa feminina.
As mudanças que ela provocou transcenderam do universo do vestuário para uma atitude comportamental mais feminista tornando a mulher uma pessoa mais independente, bem-sucedida e dona de seu próprio estilo.

"A moda sai se moda. O estilo jamais"

quarta-feira, 26 de março de 2014

Janis Joplin




"Minha música não é pra fazer ninguém se rebelar 
É pra fazer as pessoas quererem trepar"





Janis Lyn Joplin (1943 - 1970), cantora norte-americana considerada a Rainha do Rock.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Luz del Fuego / Lilith


Nesta obra eu tomei a licença poética e, pela primeira vez, resolvi misturar duas figuras que se complementam.
Ambas elas têm muita coisa em comum como, por exemplo, o fato de serem ícones do feminismo, rebeldes, a relação com cobras, a marginalização, além de finais trágicos. De fato, Luz del Fuego, chegou a se caracterizar como Eva (a antítese de Lilith). No entanto, podemos observar ao analisarmos a história delas, como o arquétipo da entidade considerada demoníaca para muitos, se encaixa perfeitamente com a personalidade de uma artista tão a frente de seu tempo que ainda hoje muita gente desconhece. Mas ambas são "luz que não se apaga".

LUZ DEL FUEGO
Nome artístico da capixaba Dora Vivacqua (1917-1967), bailarina feminista e naturista brasileira.
Geniosa, desde cedo já nutria paixão por cobras e aversão à regras como, por exemplo o uso de sutiã. Era muito comum vê-la nas praias só de calcinha  um bustiê improvisado com panos em pleno anos 20-30, quando nem se sabia o que era biquini no Brasil!
Após um escandaloso caso com seu cunhado (importante empreiteiro do Brasil), ela foi acusada de ser esquizofrênica e internada a força em um Hospital psiquiátrico. Após dois meses ela foi para uma fazenda onde a encontraram "vestida" como Eva, com apenas três folhas de parreira e cobras enroladas em seu pulso como se fossem braceletes. Ao ser repreendida, revidou atirando um vaso na cabeça de seu irmão e acabou sendo internada pela segunda vez.
Tempos depois decidiu aventurar-se no paraquedismo mas logo foi proibida pelo seu, então, companheiro.
Resolveu estudar dança e passou a se apresentar no circo. E assim nasce o sucesso que foi Luz del Fuego que passa a revolucionar os costumes brasileiros se apresentando seminua  com seu casal de jibóias, Cornélius e Castorina.
Adepta do vegetarianismo e do nudismo, Luz del Fuego consegue uma concessão da marinha e tranforma sua Ilha do Sol no primeiro clube naturista do Brasil.
Funda um partido político, o Partido Naturalista Brasileiro pelo qual se candidata a Deputada Federal.
Por onde ela passava, seus espetáculos rendiam enormes bilheterias (muitas das quais destinava os valores a entidades beneficentes) e, também, muitos escândalos e prisões. Acabou tornando-se uma verdadeira vedete brasileira entrando para o imaginário popular.
Em 1967 foi assassinada por ladrões (antigos desafetos) na Ilha do Sol .
PS. Seu irmão Atílio, candidato ao governo de Minas Gerais era constantemente atacado por cabos da oposição vestidos de padre que diziam ser ele irmão de uma mulher demoníaca. O que abre margem para nossa próxima análise.

LILITH
É uma personagem feminina da mitologia babilônica. Mas é também referida nas mais diversas civilizações. Até mesmo no Velho Testamento, pode-se encontrá-la sugerida em alguns versículos.
Lilith teria sido a primeira mulher. A que veio do barro como Adão.
Mas em determinado momento, ela contestou sua posição inferior imposta pelo homem e rebelou-se no paraíso pela igualdade dos sexos. Como castigo foi transformada em um demônio (ou cobra). Deus, então fez a Eva "agora, sim" da costela de Adão.
Lilith teria se associado com o demônio Samael que tentaria à Eva (que acabaria por gerar Caim) enquanto Lilith seduziria a Adão, causando assim a expulsão do homem e da mulher do paraíso.
A origem do nome fonético "Lilite" é atribuída aos sumérios, que a associavam com a Lua devido as constantes variações de fases.
Para os mesopotâmicos, ela é associada ao vento e, por isso, portador de mal-estares, doenças e morte.
Os gregos por sua vez as associam com a deusa Hécate que guarda, em cima do cão Cérebro, as portas do Inferno. Representa a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.
Mas em nenhuma outra mitologia ela é tão conhecida por nós como na cultura hebraica. Talvez, sincretizada ou simplesmente absorvida dos babilônicos durante o cativeiro dos hebreus, Lilith foi transformada em um verdadeiro demônio dando margem à lendas vampíricas.
Lilith é o símbolo da liberdade feminina associada a forças negativas ao longo da história patriarcal da humanidade que, em sua maioria, foi essencialmente machista. Mesmo assim, nunca foi esquecida chegando a associar-se com tempos de fertilização e tempos de castração. Se por um a lado a religião têm seu papel doutrinador estabelecedor de dogmas e mantedor de tabus, Lilith pode servir como uma "luz" de uma igualdade que nunca foi esquecida.


Acredito que para se entender a história é preciso estar alheio ao bem e o mal, certo e errado e mesmo ao positivo e negativo. E entendendo a história e seus padrões, pode-se vislumbrar um futuro pelo qual se valha a pena lutar.

                                                           Viva às lutas do 8 de Março!

                 "Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder."
         (Luz Del Fuego)                

terça-feira, 4 de março de 2014

Marilyn Monroe

Seu nome era Norma Jeana Mortenson (Los Angeles, 1926-1962). 
Sex-simbol número 1 do cinema norte-americano, Monroe foi um ícone de seu tempo pelo bem (rompendo muitos tabus) ou pelo mal (ajudou a consolidar o estigma da "loira-burra").
Apesar do sucesso nas telas, ela não se relegou apenas a isso. Também gostava de política (lutava por igualdade dos direitos humanos e direitos dos trabalhadores), psicanálise e ajudou muito a carreira de nada mais nada menos que Ella Fitzgerald.
Sua morte (atribuída a um auto-envenenamento barbitúrico agudo) nunca foi muito bem explicada dando margens á muitas teorias como a de que teria sido a mando do então presidente Kennedy por conta de ciúmes.

"Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura. Cometo erros, sou um pouco fora do controle e às vezes difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor"

domingo, 2 de março de 2014

Chaplin - O Garoto


"O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos"
(Charles Chaplin)