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terça-feira, 25 de maio de 2010

Montro do Pântano

Eu tive um sonho bom.
O aroma amadeirado de sândalo e canela preenche minhas narinas enquanto sinto esse arrepio em minha pele, que percorre todo meu corpo e acelera meu pulso… o coração não se contém em meu peito, estamos emaranhados um no outro, nossos corpos nus e ofegantes, nossos sentidos voltados um para o outro… ela me sorve como uma fruta madura, busca meu liquido viril enquanto acaricio seu corpo e dedilho sua pele em busca de seus pontos secretos de prazer. Estamos enraizados, unidos em êxtase, os movimentos contínuos e suados fazem o tempo parar à nossa volta e ela recita meu nome baixinho em meu ouvido, entre os gemidos de sua respiração ofegante… “Oh, Alec…”. Ela me morde com a voracidade de uma predadora e eu me entrego… então, sou eu quem a devoro, possuo seu corpo enquanto ela absorve minha alma… e dançamos suaves como as folhas de bambu ao vento, mas também selvagens e primitivos como leopardos no cio… eu, rígido e inflexível, e ela macia como um botão de rosa que desabrocha… e nossa dança chega ao clímax num momento infinito de deleite incomparável, onde todos os relâmpago do céu se calam diante do estrondo maravilhoso e indescritível do orgasmo seguido de minha semente sendo fincada em sua pureza…
Antes do fim do sonho, eu sou um cadáver mutilado. E as mãos de Abby estão manchadas de vermelho.

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